O Observatório Digital das mulheres latino-americanas, é um projeto do Instituto de Letras da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), financiado pela FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), com o objetivo de mapear a presença de intelectuais mulheres latino-americanas em plataformas digitais e os debates políticos, sociais e culturais a elas associados. A partir de discussões nas reuniões do grupo, surgiu-se a ideia de realizar cartilhas que divulgassem de maneira simples as pesquisas do grupo.
Essas duas cartilhas abordam temas diferentes que se encontram em um ponto em comum: entender que ser criança não é igual para todo mundo e que a infância pode ser muito mais complexa do que a gente imagina. Acesse-as na seção cartilhas de nosso site ou clique aqui.
Na primeira cartilha, “Infância e literatura contemporânea: representações em textos ancorados no insólito”, a proposta é mergulhar em histórias que mostram crianças vivendo situações nada óbvias, por vezes assustadoras, por vezes mágicas, e muitas vezes desafiadoras. Aqui, a literatura serve como espelho e como provocação, e a partir dela podemos chegar a seguinte reflexão: Será que toda infância é doce e inocente? Ou existem outras maneiras de ser criança que a gente nem sempre vê?
Já na segunda cartilha, “Infâncias e cultura digital na América Latina: reflexões e desafios”, as autoras nos convidam a pensar como as crianças estão vivendo nesse mundo cheio de telas, redes sociais, jogos online e inteligência artificial. A ideia é mostrar que as crianças não “ficam no celular” passivamente, mas utilizam esse dispositivo para criar, aprender, resistir e até se proteger dentro desses ambientes digitais. Afinal, tecnologia faz parte do cotidiano delas, e não dá para pensar em infância hoje sem falar sobre isso.
Juntas, essas cartilhas visam abrir espaço para conversas mais profundas sobre o que é ser criança hoje. Esperamos que elas sirvam como ponto de partida para reflexões, diálogos e novas formas de olhar para as infâncias.
Por Júlia Morais